quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Os Segundos de uma Década

Não sei mais como começar a escrever sobre algo que sinto mas não quero sentir, algo que não sei se sinto mas espero não sentir, uma saudades de pessoas que passaram, nem sei se isso é saudades ou é apenas um momento nostalgico. Sei que por alguns momentos me bate um aperto tão grande no peito que me falta o ar, escorre algumas lágrimas pelo rosto, um suspiro profundo toma conta desse silencio onde prefiro estar nessas noites chuvosas e frias de inicio de outuno...
A garganta seca diz que a noite vai ser um pouco mais longa do que eu esperava, o que é uma pena, pois está uma noite tão linda para dormir e ir além dos limites corporais. Mais uma daquelas noites onde o escuro se mistura com pensamentos, sentimentos, desejos, e no final é um mundo irreal, criado por neurotransmissores em seu ápice funcional, o que em palavras simples não diz porra nenhuma, só uma mente fértil sem ter o que fazer, ou não.
E essas tais pessoas? pois é, algo que eu não queria falar, mas não há motivos para guardar... São os amigos que um dia foram irmãos, parceiros, vivenciando dia a dia cada momento de angustia, alegria, as risadas que outrora eram mais altas do que nossos egos, aqueles amigos, amigas, conhecidos, passando tardes sem fim sem esperar que o relógio corressem tão depressa. Pessoas que seguiram seus próprios rumos, uns perto, umas longe, algumas tão distante que nem a memória seria capaz de sentir. Aqueles risos que um dia ecoaram juntos, hoje são olhares frios que não se cruzam nos caminhos que a vida nos impõe.
A vivencia do dia a dia, das muitas horas seguidas, que se tornaram alguns dias na semana, que se tornam alguns dias no mes, que se tornaram algumas horas no ano, que se tornam alguns minutos na decada e por fim há de ser um segundo em uma fotografia empoeirada na prateleira da sala.
São sorrisos, abraços, risadas, beijos, amores, bebedeiras, e assim só ficamos com a nata sentimental do ser humano. Porque um dia, quando eu olhar para trás, verei tantas historias que seriam capazes de ser um livro, como a vida de cada um que lê ou lerá essas palavras.
Não faço a minima ideia de como ficou esse texto, pois me recuso a revisar algo relacionado a sentimentos nostaligos, é apenas um borrão nesse mural que custumo chamar de Vida.

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