sábado, 10 de abril de 2010

Cores do vento

São mil beijos, mil mulheres, mil noites. Uma vida invejada e odiada, são prazeres e luxurias, decepções e mágoas, uma maré tão inconstante que nem um Dramin salvaria Poseidon do enjôo. Não sei mais aonde estão meus passos, já se foi o tempo onde me preocupei com mascaras, imagens e essa putaria pseudo-social. É tudo tão ilusório, tudo tão fantasioso que no final da noite tenho náuseas em lembrar tudo o que fiz. Não me arrependo de nada, não faria de novo, e com certeza aprendi algo, nem que seja o que não tomar na próxima vez. É a confiança que se perde no vazio da noite. Mas quer saber? Cansei... nada disso supre a saudades que tenho do seu sorriso, do seu olhar amendoado, da sua pele doce e delicada que insiste em me dar arrepios toda vez que encosto. Me alegro em lembrar de seus olhos encontrando os meus na frente de um multidão de espectadores curiosos com o desfecho desse drama. São momentos únicos, são maiores do que fotografias, musicas e palavras, são partes de um coração recém-recuperado apreensivo por algo diferente, como se uma batida mais forte já fizesse toda diferença no ritmo cardíaco. É esperar por algo que não sei se existe, por algo que não sei se existirá, é encarar meus medos e enfrentar o futuro de peito estufado, e a única razão disso, é saber que vale a pena, como naquela musica que ouvi outro dia "o amor é a paz no meio de uma guerra". E deixo que minhas palavras continuem vagas até quando o tempo se conciliar com atitudes...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Os Segundos de uma Década

Não sei mais como começar a escrever sobre algo que sinto mas não quero sentir, algo que não sei se sinto mas espero não sentir, uma saudades de pessoas que passaram, nem sei se isso é saudades ou é apenas um momento nostalgico. Sei que por alguns momentos me bate um aperto tão grande no peito que me falta o ar, escorre algumas lágrimas pelo rosto, um suspiro profundo toma conta desse silencio onde prefiro estar nessas noites chuvosas e frias de inicio de outuno...
A garganta seca diz que a noite vai ser um pouco mais longa do que eu esperava, o que é uma pena, pois está uma noite tão linda para dormir e ir além dos limites corporais. Mais uma daquelas noites onde o escuro se mistura com pensamentos, sentimentos, desejos, e no final é um mundo irreal, criado por neurotransmissores em seu ápice funcional, o que em palavras simples não diz porra nenhuma, só uma mente fértil sem ter o que fazer, ou não.
E essas tais pessoas? pois é, algo que eu não queria falar, mas não há motivos para guardar... São os amigos que um dia foram irmãos, parceiros, vivenciando dia a dia cada momento de angustia, alegria, as risadas que outrora eram mais altas do que nossos egos, aqueles amigos, amigas, conhecidos, passando tardes sem fim sem esperar que o relógio corressem tão depressa. Pessoas que seguiram seus próprios rumos, uns perto, umas longe, algumas tão distante que nem a memória seria capaz de sentir. Aqueles risos que um dia ecoaram juntos, hoje são olhares frios que não se cruzam nos caminhos que a vida nos impõe.
A vivencia do dia a dia, das muitas horas seguidas, que se tornaram alguns dias na semana, que se tornam alguns dias no mes, que se tornaram algumas horas no ano, que se tornam alguns minutos na decada e por fim há de ser um segundo em uma fotografia empoeirada na prateleira da sala.
São sorrisos, abraços, risadas, beijos, amores, bebedeiras, e assim só ficamos com a nata sentimental do ser humano. Porque um dia, quando eu olhar para trás, verei tantas historias que seriam capazes de ser um livro, como a vida de cada um que lê ou lerá essas palavras.
Não faço a minima ideia de como ficou esse texto, pois me recuso a revisar algo relacionado a sentimentos nostaligos, é apenas um borrão nesse mural que custumo chamar de Vida.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Mais um texto perdido....

Nenhuma mentira é maior do que nossa própria mente, nossos sonhos caídos, então por que continuamos buscando sempre algo maior se tudo não passa de uma mera ilusão? Por medo? Por covardia? Por comodismo? Mas que diferença faz? Não quero mais perguntas, teorias, fórmulas ou respostas da cartomante. Me busco no dia a dia, no despertador as 6:17 da manhã, no café preparado em 8 minutos e 32 segundos, nas torradas não tão torradas assim. Uma busca simples, nem maior, nem menor, apenas aqui dentro, de forma discreta e silenciosa, com um sorriso nos lábios e um ar despreocupado. Nada de sonhos, nenhum plano infalivel, prefiro os que podem dar errado, isso não é um filme nem novela, é a Vida!
(Pedro)

sábado, 24 de outubro de 2009

Um Sábado de Manhã

Que homem não gostaria de acordar em um sábado de manhã, ter o Sol brilhando nas frestas de sua janela, ver a poeira passando pela sua luz, o quarto a meia luz, abafado, com as cobertas aos pé da cama, o lençol solto do colchão, com o rádio ainda sintonizado naquela estação que passa boas músicas de madrugada, mas que agora se encontra no mudo; ver meia dúzia de latas espalhadas pelo chão, uma garrafa de um scotch barato no criado-mudo, uma caixa de pizza aberta embaixo da cama, uma calcinha de renda pendurada no batente da janela e um sutiã preso na maçaneta da porta, de cores diferentes, suas roupas ao avesso e o telefone fora da tomada?! Levantar da cama é mais que um esforço físico, é algo espiritual, estragar uma cena tipicamente de filmes “lado B” e começar mais um longo dia se torna a tarefa menos prazerosa das próximas muitas horas que vão seguir até a próxima perda de consciência. Mas ainda há uma dúzia de cervejas na geladeira e dois pedaços de pizza fria com poeira embaixo da cama, uma boa refeição é o que mantém qualquer homem em pé, ou não. Andar com sua cueca furada até a janela, abri-la, ver céu sem nuvens, azul-claro-calcinha-bebe ou qualquer outra cor que se aproxime disso. Abrir uma lata para tirar o gosto de guarda-chuva da boca se tornou um remédio para aqueles dias onde a memória foi passear e o deixou a mercê da sorte. Aumentar o volume daquele radio emudecido e encontrar uma boa musica tocando as dez da manhã de um sábado ensolarado. Algo entre o soul e o pop, sem gênero especifico, só uma boa musica para combinar com uma cerveja gelada.

Mas que sorte um homem acordar em sua casa em um sábado de manhã, sem lembrar da noite anterior, ouvir uma boa musica e ainda restar algumas cervejas na geladeira não?!

sábado, 26 de setembro de 2009





Eu te amo, pra sempre!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

....junte suas moedas....essa noite iremos partir




te amo!!!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O último texto

Um texto jamais deve começar com um verbo, então enchi um pouco de lingüiça para começar por aqui. É tão estranho começar a escrever um texto que não tenho a mínima vontade de escrever, que não tenho vontade de deixar apenas em palavras tudo o que tenho a dizer, um texto onde me sinto livre o suficiente para não querer nenhuma palavra, nenhuma trilha sonora, apenas o som dos dedos correndo rápido pelo teclado. E que pena que é pelo teclado, e não uma caneta no papel, seria bem mais poético, mas com todo respeito, foda-se a poesia.

Não sei exatamente por onde começar, posso falar dos meus dias, dos meus sentimentos, das minhas memórias, mas talvez tudo isso seja cansativo demais, muita lenga-lenga, ou não, pois são esses dias, esses tantos dias que tive para pensar, esses tantos dias que tive para aprender, tais tantos dias que me ensinaram coisas jamais sonhadas por um menino apaixonado que corria pela madrugada por um beijo; são esses sentimentos que brotaram em uma escuridão, se tornaram luz e foram ao infinito levando com todo seu brilho essas tais memórias das quais falei, talvez isso tudo não seja tão cansativo, pode ser que seja bonito, uma bela historia para se contar aos filhos, e aos filhos dos filhos.

É realmente muito estranho não ter mais você em minha vida, nos meus detalhes, de andar rápido pelas calçadas para ir ao seu encontro por poucos minutos, antes de seus pais chegarem do serviço. É estranho passar as noites de sábado perdido em algum lugar que eu não gostaria de estar, com pessoas que não são a que procuro, olhares que não são aquele brilho, sorrisos falsos embalados por mais um final de semana, e achei que talvez isso fosse me fazer ficar longe, longe dos meus próprios pensamentos, e admito que não tive coragem de pensar em me afastar dos meus sentimentos, por mais longe que fui, mais me encontrava dentro de mim. Foi tão gostoso quando me vi longe, longe dos olhares, longe das musicas, longe de você, e de repente me senti acolhido em um abraço caloroso, macio, tão suave quanto aqueles que você me dava. Ó Deus, que sentimento é esse que conseguiu me acolher por apenas estar aqui?! Você pode dizer que nossa historia não chegou a ser uma historia de amor, e tenho que concordar, pois foi uma bela historia de paixão, de coragem, de amadurecimento, pois o amor veio só depois, no crescimento, no entendimento. Depois de deixar de lutar contra meus próprios medos, vi que poderia seguir meu caminho sozinho, aprendi a falar, aprendi a ouvir, só não aprendi a cantar, porque você sabe que sempre fui muito bem afinado né?

Não tenho como falar de sentimentos sem citar alguns momentos que ficarão sempre guardados nesse capitulo. Pois foram nesses momentos onde nasceu o que sentimos. Começando pela sua coragem de abandonar uma vida, pessoas e amigos para entrar em algo desconhecido, uma porta escura no final do corredor, nunca falei o quanto te admirei por isso, e o quanto te achei burra por isso. Se fosse há dois meses atrás, diria que tinha admiração por você ter feito, mas hoje não, sei que foi besteira deixar pessoas para trás e entrar em algo desconhecido, mas de que outra forma surge o amor se não por loucuras? Ok, isso sim foi poético demais, mas voltando ao assunto, quando vi acontecendo, não sabia o que fazer, tive tanto medo que apenas segurei na sua mão e atravessei a porta no final do corredor, queria estar ali, do seu lado, mas com tanto medo que minhas pernas tremiam ao ponto de zumbir. Foi esse medo que me fez cometer um dos grandes erros, e sei que isso também ficará guardado, pois trai tudo aquilo que você tinha feito por mim, trai tudo aquilo pelo qual você vinha lutando e fazendo acontecer. Como fui criança em ter feito isso e mais ainda quando não fui honesto com a única pessoa no mundo que realmente se importava comigo, a única que lutava por mim. Pois é, você me perdoou, eu demorei muito para conseguir tal perdão, no qual só vi que tinha conseguido,no momento daquele abraço caloroso que o amor me deu que citei no inicio do texto. Nós tivemos nossas brigas que nem sempre eram brigas, ou eram e não pareciam, mas você sabe do que eu estou falando, daqueles momentos onde você tentava me dizer algo e eu não entendia, não por falta de vontade, mas por falta de capacidade; quantas vezes me peguei do seu lado com cara de menino assustado pensando no que poderia fazer para melhorar a situação, sendo que não precisava fazer nada, era só estar com você, estar realmente com você. As brigas por ciúmes eram as melhores, pois eu nunca fui ciumento, e descobri que não era ciumento pois não tinha encontrado ninguém que valesse a pena, e tenho certeza que fui ciumento demais, pressionei demais. É como um potro quando aprende a correr, ele corre, corre, corre, até não agüentar mais, então aprende que tudo tem um limite. Foi quase isso que passei, tirando o fato de que eu não corro tanto quanto um potro né, mas no sentido de sentir ciúmes, de pressionar, de cobrar algumas coisas infundadas, eu não sabia como agir, e por mais que você estivesse ao meu lado falando sempre como deveria ser, eu não entendia, não conseguia abrir os olhos, estava feliz demais por estar ali com você, então não via muito mais do que isso na minha frente, fiquei feliz em ver o rio tão lindo correndo livre que perdi a concentração para enxergar abaixo das águas turvas, mas isso não é nenhuma novidade, já discutimos sobre.


Aonde quero chegar com tudo isso? Que todos esses momentos duros foram necessários para que o amor brotasse, pode discordar, e eu sei que vai, mas se eu não tivesse passado por isso do seu lado, não seria um quarto do que sou hoje em dia, ainda seria um menino bobalhão sem responsabilidade que quer se divertir. Mas nem todos os momentos foram duros, ah não, nós tivemos grandes e ótimos momentos juntos, e mais uma vez posso citar que isso foi extremamente essencial para nos fazer crescer, pois digo o quanto você cresceu também, se tornou uma mulher linda, que anda com uma firmeza que muitos anos de estrada não trazem a maioria das pessoas, se tornou uma mulher decidida, mesmo que ainda não saiba escolher o barzinho ou o restaurante para ir, você se tornou uma mulher que sabe os limites do amor, aprendeu que ele não tem limites e que pode crescer infinitamente. Me sinto extremamente honrado e orgulhoso por ter feito parte desse seu capitulo, dessa fase da sua vida onde deixou de ser uma menina-mulher para se tornar o que chamo de Mulher. Não é seu rosto angelical ou suas mãos macias que fazem ser menos mulher, isso te faz ser algo maior, mas eu sou muito suspeito para falar, pois te amo. A liberdade na qual você aprendeu a valorizar, o brilho desse olhar que ofusca qualquer um, o rosto delicado de uma menina que só quer ser feliz, qualquer semelhança com um anjo é mera coincidência. Ou não. Pois você realmente é o anjo de muitas pessoas Juliana, é um anjo que traz a compreensão, o perdão, o amor. Já falei que me sinto muito honrado em ter feito parte da sua historia. Mas nosso caminho juntos terminou, você conseguiu me ensinar o amor sem limites, onde as pessoas seguem seus próprios caminhos, seus próprios pés, agora temos que caminhar por estradas diferentes, nunca pensei que fosse dizer tal frase, mas estou feliz por terminar bem essa linda historia de um casal apaixonado.

Tivemos momentos tão marcantes, que carregarei para sempre minha boneca de pano comigo, aquela menina que me puxava para uma soneca manhosa, que corria comigo pela rua, que girava no ar, dava beijos apaixonados e fotografias que falavam muito mais do que conseguimos entender. Não quero falar dos nossos momentos bons e que foram só nossos, pois sei que sempre vou chorar de alegria em relembrá-los.

Aprendi tanto do seu lado, que nem palavras são suficientes para explicar. Fico feliz por ver essa mudança, esse amadurecimento, foi uma auto provação de que sou capaz de me superar sempre que quero. Não tenho como negar do quanto sinto orgulho por isso, por ser alguém melhor, um cara que sabe ouvir, que sabe respeitar, que tenta ser melhor a cada dia que passa. Essa mudança é sua também, faz parte do que me ensinou. Você tirou lá do fundo que há de melhor em mim e mostrou que vale a pena ser assim, vale a pena me esforçar.

Hoje quero ser feliz, quero ter aquele canto do mundo onde eu mais gosto de estar, é aquele cantinho onde minha respiração vai parar, quero ser para você o que você é para mim.

Sei que o amor não vai empedrar no peito, pois é algo vivo, e não precisamos lutar para mantê-lo assim. Não preciso de mais lutas para saber o quanto posso ser feliz ao seu lado, caminhando por uma estrada separada por um meio fio, a esperança de que tudo um dia ficará bem é algo que aprendi com o amor que você me ensinou. Nós mudamos tanto, crescemos tanto, que preciso de uma vida inteira para te conhecer, e não preciso de mais do que um segundo para te amar. Então se agora for nosso “tchau” só peço que me olhe nos olhos e diga isso. Afinal de contas, esse tchau não me serve, pois sempre te levarei comigo, aonde quer que meus pés descansem, você estará dentro do meu coração, ocupando a posição mais bonita.

Eu não escrevi tudo o que tenho para falar, pois nem todas as coisas precisam ser ditas, algumas são apenas sentidas, outras ouvidas, outras então nem se quer existem nesse mundo, são aquelas coisas que apenas nossa fé sabe o que é. Mas me cansei de palavras e mais palavras, por isso quero guardar algumas no peito e me preparar para a próxima viagem.

Aqui termina o texto, aqui termina um capitulo da minha vida, aqui termina um capitulo da sua vida, aqui nasce um amor eterno.

domingo, 6 de setembro de 2009

Mais dia, menos dia, uma hora chego em algum lugar, só não sei aonde, mas chego. Pois no últimos dois meses tenho caminhado tanto que minhas pernas não sabem mais o caminho de volta, meu coração pegou chuva, vento, geada, calor e hoje não sabe mais como ser o que era antes. Sentindo tudo isso que me corrói, que queima minhas veias, sufoca meus pulmões, poderia falar que escolhi passar por isso, mas na verdade agradeço a Deus por essa dor, sem ela não saberia o que é respeitar, sem ela não saberia o que é valorizar, sem ela não saberia o que é ouvir, sem ela não saberia o que é perder, então por um instante posso dizer que é uma dor boa? Não sei, me recuso a pensar, desde que vi por onde andam meus pés, não quero pensar em mais nada, quero apenas sentir, deixar o vento secar as lágrimas e voltar a sorrir. Ah sorrisos... alguns dizem que perdi o meu, que perdi o brilho dos olhos, que perdi as piadas infames, mas nada acontece por acaso, "um dia acontece, a gente tem que crescer", e de uma forma ironica, sei que hoje meus olhos brilham mais do que nunca, virou uma mistura de mágoas, perdão, sorrisos, momentos e lembranças.
E fica aquela vontade de ir para a parte do mundo onde você mais gosta de estar, naquele canto onde seu peito acelera e descança ao mesmo tempo, onde sua respiração se torna mais lenta, o tempo pára e voa, onde cada segundo dura uma hora e cada tic-tac é um pedaço do céu. Alguns me chamam de louco, outros de romantico e outros de ignorante por acreditar em algo invisivel, é como aquele velho filme não tão velho assim, onde o rapaz diz "é como a vento, sabe que ele existe, mas não se pode pegar, só sentir'' . Por essas e outras como as vezes onde tive um apoio, uma verdade, uma alegria, um sonho, uma força e um pedaço de outro texto representando o que sinto, é que não canso de andar, de fazer tudo ter valido a pena. Talvez seja uma ilusão, talvez seja só imaginação, mas quando se aprender a ter fé, caminhar no escuro não é mais um problema.
Chegou o dia onde quero andar de jeans e descalço pela casa, tomar uma cerveja e ouvir MPB, sentar na varanda e ter a certeza de que minhas escolhas são aquilo que quero, o caminho por onde quero seguir...

sábado, 5 de setembro de 2009

Hoje, em frente ao espelho, perguntei "o que você quer?"
e a resposta foi "sei o que quero, só não sei o que é melhor pra mim"
Derrepente vi que já tinha ouvido isso, e me peguei sentindo isso...
Será que cheguei tão perto assim em tão pouco tempo?

Cara, é tão fácil ser feliz
por que fazemos isso?

e no rádio uma voz canta:

Esse pode ser o último dia
De nossas vidas
Última chance de fazer
Tudo ter valido a pena

Diga sempre tudo
O que precisa dizer
Arrisque mais
Pra não se arrepender
Nós não temos
Todo tempo do mundo
E esse mundo
Já faz muito tempo...



E agora fica a pergunta "o que você precisa?"
Eu? de gostos, cheiros, beijos, fazer amor, ouvir reclamações, aguentar TPM's, brigar por ciúmes, ter paz...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009


"a vida bate à sua porta e entrega um amor que não tem nada a ver com o que você queria. Será que se enganou de endereço? Não. Está tudo certinho, confira o protocolo. Esse é o amor que lhe cabe. É seu. Se não gostar, pode colocar no lixo, pode passar adiante, faça o que quiser. A entrega está feita, assine aqui, adeus.E agora está você aí, com esse amor que não estava nos planos. Um amor que não é a sua cara, que não lembra em nada um amor idealizado. E, por isso mesmo, um amor que deixa você em pânico e em êxtase. Tudo diferente do que você um dia supôs, um amor que te perturba e te exige, que não aceita as regras que você estipulou. Um amor que a cada manhã faz você pensar que de hoje não passa, mas a noite chega e esse amor perdura, um amor movido por discussões que você não esperava enfrentar e por beijos para os quais nem imaginava ter tanto fôlego. Um amor errado como aqueles que dizem que devemos aproveitar enquanto não encontramos o certo, e o certo era aquele outro que você havia solicitado, mas a vida, que é péssima em atender pedidos, lhe trouxe esse e conforme-se, saboreie esse presente, esse suspense, esse nonsense, esse amor que você desconfia que não lhe pertence"



sábado, 29 de agosto de 2009

E naquela noite, sozinho em casa, trancado no quarto, com o display do relógio virado para a parede, foi onde senti a imensidade disso tudo. Nenhuma voz, nenhuma canção, apenas o silêncio do escuro, mas não sabia se o escuro vinha de fora ou de dentro, não sabia se aquele ar gelado vinha da janela ou das minhas entranhas. A imensidão do escuro nos faz pensar, pensar tanto até o momento onde não se sabe se está pensando ou sonhando.

Um momento sem esperanças, sem glórias, afogado em lágrimas. Não eram lágrimas de tristeza, apenas de um bom sentimento, uma saudades, uma certeza. A certeza de que tudo o que passou não voltará. Saudades de ve-la cozinhando, assistindo televisão, me chamando para ir no mercado.

Aqueles dias onde ela ligava perguntando se eu iria almoçar em casa, se eu poderia passar na farmacia, os dias onde ela ligava preocupada querendo saber onde eu estava.
Aquele sorriso bobo, o orgulho de mãe é unico sentimento inexplicavel. A fé que ela depositava na vida, nos filhos, os olhos de quem nunca iria desistir. Uma lição, fé e amor...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

(Texto escrito em Junho/2008)


Duas mil, duzentas e oitenta horas...


Quando o relógio zerou, assim completando mais um dia, logo pensei: "que vontade de escrever", oito quartos de badaladas depois, os dedos continuam gelados e sem sentir aquele atrito que pulsa quando simplesmente fecho os olhos e deixo palavras brotarem quando passo céus e estrelas a vendo no brilho do relampejo da saudades . Não por um dia cinza ou um amanhecer atormentado, mas pelos meus pêlos que sozinhos continuam a ser apenas pêlos, e não como quando nos deixamos levar pela preguiça matinal onde a pele se torna tão suave ao toque quanto o que se está por dentro de nós. O mundo em que vivia virou as avessas no dia em que uma marca começou a ser registrada na carne, mudanças tais que tive medo e assumo que por certo me fizeram balbuciar na hora de dizer a verdade e assim ver partir a confiança cega que o destino me presenteou, tal sombra que um dia foi meu medo, hoje é o alicerce de uma certeza jamais sonhada. Acredito que foi totalmente desnecessário o fato de sair do caminho e ver que fora dele o mundo continua imundo como sempre foi e sempre fui, mas acredito também que se hoje me decido por ser quem sou, através de mudanças e erros, olhares e medos, há de concordar que foi mais um passo pelo qual o destinou me provou, pois o querer estar ao seu lado é maior a cada amanhecer, como uma mistura dos complexos textos de Poe e a leveza de um "haikai", o que hoje sinto é leve e profundo, ouço alheios por comentar que tais palavras estão bem escritas quando na verdade são uma singela representação daquilo que há de ser por uma vida, e é isso que lhe ofereço a cada suspiro dado, a cada lágrima corrida, a cada beijo roubado ou abraço silenciado.
Lágrimas... hunf... tão pequenas e tão grandes, tão leves e tão pesadas, um momento que por si só possa ser simbolizado por elas há de ser um momento marcante, tais como todos os que tenho com você nesses últimos cento e vinte dias; um desabafo, um abraço, até mesmo por saudades em uma noite de céu bucólico como essa na qual lhe escrevo...
Ponteiros apressados e palavras confusas nesse mar de sentimentos é o que tenho passado desde que decidi sair para beber em um noite de domingo, que por calhar hoje o é domingo, assuntos que se misturam, se juntam, fazem parte de um contexto particular que apenas minha leitora há de saber o que é, pulando em termos gramaticais de primeira para terceira pessoa, de discriminativo para elementos que só os olhos puxados sabem ler, e é nessa confusão toda que mais uma vez grito aos vinte e quatro fusos terrestres que amo. Por entre pastas de dentes, copos, chocolates e flores que anseio que a lua vá embora a fim de dar minhas poucas horas de completa e total satisfação, pois são nesses corridos minutos em que despertadores interrompem a mágica que sinto o mais puro bem estar e prazer. O prazer de sua companhia, o brilho de seus olhos, as covas de seu sorriso, o cheiro de... ah o cheiro de você que impreguina minhas roupas...
Esse sentimento louco e caótico que um dia tomou contas de nossas vidas de forma súbita é como uma porta fechada no fim do corredor que novamente insisto em dizer que através dela algo nos esperava, uma jogada de vidas que se cruzaram a fim de marearem algo esquecido, temido ou até mesmo desconhecido. Perdoe minha ignorância com as palavras, mas mais uma vez digo que não consigo escrever tudo aquilo que sinto ou gostaria de lhe mostrar, só sei que são retomando passos como os que demos juntos através de portas e portões que hei de ser aquele que você conhece, passos como paciência e compreensão nos quais aqui estou testando-os, são os que me levam ao seu abraço para lhe dizer ao pé do ouvido sob cobertas que a amo. Neste terço de ano aprendi tantas coisas que por mais preguiçosos que os ponteiros sejam em uma segunda de manhã, jamais conseguiria descrever esse começo de vida que tive.
Mas quem sou eu para falar de sentimentos, compreensão, confiança, paciência e passos?! É verdade que nada sou aos pés de tudo que nos circunda, apenas uma vírgula perdida por entre páginas já amareladas desses anos em que me transformei naquilo que hoje faço tudo para mudar, mudanças quais por mais simples que sejam, não são por você, essa pequena realidade que quero e posso ser que fazem de meu texto algo leve e claro, a simples atitude de renovar meu espaço me mostrou quem quero ser e onde quero chegar, seja uma carta guardada ou uma garrafa quebrada, e é aqui que me sinto egocêntrico o suficiente para dizer que faço as coisas por mim, e como um pequeno paradoxo digo que as faço para minha pessoa visando o bem contínuo de estar ao seu lado trilhando por trincheiras e espasmos que a vida há de nos dar.
Por fim de dezesseis quartos de badaladas vejo que nada é por acaso, uma lição simples que cada um descobre através de uma maneira pessoal, e a minha foi essa: Te amar...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Eu queria tudo, queria o mundo ao seu lado
Ser feliz, viver despreocupado
Dançar na chuva, correr pela estrada
Rodar no ar, dar beijos na escada
Te seus olhos só pra mim
Fazer o que, te amo até o fim

Um dia após o outro, aprendendo a viver
A vida não é facil, voce me fez crescer
Nas palavras de Neruda, dissse adeus a criança
Com fé no caminho, ainda tenho esperança
Te seus olhos só pra mim
Fazer o que, te amo até o fim

Eu te amo

antes e depois de todos os acontecimentos, na profunda imensidade do vazio e a cada lágrima dos meus pensamentos. Eu te amo, em todos os ventos que cantam, em todas as sombras que choram. Na extensão infinita do tempo, até a região onde os silêncios moram. Eu te amo, em todas as transformações da vida, em todos os caminhos do medo. Na angústia da vontade perdida e na dor que se veste em segredo. Eu te amo, em tudo que estás presente, no olhar dos astros que te alcançam, em tudo que ainda estás ausente. Eu te amo, desde a criação das águas, desde a idéia do fogo, e antes do primeiro riso e da primeira mágoa. Eu te amo perdidamente. Desde a grande nebulosa, até depois que o universo cair sobre mim suavemente.

(Adalgisa Néri)


(aquela velha estrada de pedras...)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Aquela menina-mulher

Psiu, você mesmo de olhos puxados e cabelos ao vento...
Essa menina tão linda, que anda e passa, vem dançando e sorrindo, que transformou meus dias, minhas noites, meus embalos e meus sonhos. Hoje quero tentar mostrar uma parte do que sinto mas não consigo falar te olhando, me falta o ar, o chão, o mundo inteiro é nada perto de você, então tente entender:
Quando você entrou na minha vida, não sabia onde isso tudo ia parar, por muito tempo não dei atenção ao que você falava, e por isso hoje tenho tanto a dizer. Jamais imaginei que provaria de tal amor, aqueles amores de cinema, o casal mais foda do mundo. E de onde veio tudo isso? Talvez estivesse escondido em alguma esquina, pois não vi chegando, não vi tomando conta, e agora é tudo. Você mudou minha maneira de pensar, mudou meu ser, mudou meu mundo, e sou tão feliz por isso, por ter recebido do destino você, que canta e dança comigo naqueles momentos onde mais nada importa. E nesse caminho estreito muitas pedras já rolaram e muitas rolarão, pois você me mostrou que lutar pelo que se ama é algo que não tem como desistir. Quero construir um amanhã do seu lado, pegar na sua mão e andar de olhos fechados, conheço seus sonhos, conheço seus medos, suas vontades e desejos, essa sua fé enorme que me ensina a cada dia como ser alguém melhor, um alguém melhor para mim, melhor para o mundo, e principalmente, melhor para você. Nos moldamos, brigamos com o mundo, batemos de frente com o medo, por todas as noites em claro, pelos dias de angustia, pelas lágrimas escorridas, pelos esperneios, pela vontade de me bater e falar “acorda, eu to aqui”, hoje eu digo, Obrigado.
Cansei de não tentar, cansei de não ver, cansei de não ouvir, cansei de te perder dia após dia, cansei de nos machucar, então me deixa ser aquele que diz que você é tudo quando você diz que é nada, me deixa ser aquele te faz sorrir nos momentos em que o mundo não precisa de um sorriso.
E como uma resposta atrasada, digo que meus olhos nunca deixarão de te olhar, meu tempo nunca vai ser perdido se for com você, e meu coração vai ser sempre seu, Sempre. Obrigado por me amar, obrigado por deixar eu te amar, e obrigado por ter feito desse um ano e meio a melhor estrada da minha vida. Muitas coisas aconteceram, entre boas e ruins, mas jamais vou me arrepender de ter escolhido seguir por você.

Eu sempre irei te amar!
(Plágio? Não, sentimento recíproco)










Como eu queria te contar que não sei e não quero viver sem você, que meus sonhos só poderão sem completados do seu lado, como queria contar que vou caminhar ao seu lado por onde você for, que não quero ir embora e te deixar seguir, pois quero estar aqui com você até o fim, você é tudo para mim, meu amor. Mas essas coisas não posso contar agora...

domingo, 23 de agosto de 2009

Por todas as vezes,

que você me apoiou, por todas verdades que você me fez ver. por toda alegria que você trouxe, por todos os erros que você fez certo. por todos os sonhos que você fez tornarem-se reais. por todo amor que encontrei em você. você me viu através de tudo isso. foi minha força quando estava fraco, minha voz quando não podia falar, meus olhos quando não podia ver. você viu o melhor em mim. você me deu fé, você acreditou. eu sou tudo que sou, porque você me amou. você me deu asas e me fez voar, você tocou minha mão, eu toquei o céu. você disse que nenhuma estrela estava fora de alcance. eu tenho seu amor, eu tenho tudo. você esteve sempre aqui por mim. o rigoroso vento que me carregava, uma luz no escuro brilhando seu amor na minha vida. e você tem sido minha inspiração, através das mentiras você foi a verdade. meu mundo é melhor por sua causa.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Mais um dia aqui, um dia ali, sem muito no que pensar, sem tempo para sentir,
porque nem todos os dias são bons dias, mas todos os dias o Sol aparece.
Um dia ele não nascerá, então como será seu dia? Ahhh... sem demagogia barata, quero fazer xixi sentado no vaso sanitário, pois assim posso mijar com pressão e não sujo a parede...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Espremedor de suco de Laranja

E aquela era uma tarde mole de domingo, céu azul bebê, poucas nuvens, sol maroto. Por volta das três horas da tarde bateu uma vontade de tomar um suco de laranja geladinho, sentar na varanda e olhar a cidade, doze andares acima.
Separou as laranjas, o açucar, o gelo, só faltava o espremedor de frutas. Era engraçado a sensação que o espremedor dava na mão quando a laranja estava acabando. O motor desses espremedores tem duas rotações, algo que ele descobrira sozinho numa noite quando fez um suquinho, o motor não, só a parte onde roda mesmo, da pra girar sentido horário e anti-horário, depende da posição que se preciona.
Mas não encontrou a tampa do espremedor, aquela parte onde tem os sulcos pra escorrer, então no apartamento 122 a voz do garoto ressoa sozinha: "mãe, onde ta a tampa do espremedor?"
Sem resposta da mãe, ele diz "mãe... mãe... ela foi sepultada quarta passada"




[paval]

sexta-feira, 20 de março de 2009

A Maior Oferta do Universo

Senhoras e Senhores

Bem vindos ao maior espetáculo do universo, um espetáculo inesquecível, vejam os animais mais impressionantes, animais com arranha-céu e energia nuclear, me acompanhem naquilo que chamamos de Humanidade.

Vamos tentar compreender a incompreensível mente desses seres que se consideram racionais, inteligentes e analíticos. Tão desenvolvidos que se adaptam as condições climáticas de onde vivem, tendo assim surgido os caucasianos, os negros, os amarelos, os pardos, os azuis...

Essa espécie tão desenvolvida que conseguiu se modificar durante sua evolução e ainda assim todos são geneticamente iguais. E mais incrível ainda, eles não se reconhecem como sendo iguais, sempre guerreando entre suas populações, de alguma forma inexplicável eles não sabe que um amarelo é igual a um azul. Esses seres fenomenais conseguem adaptar a natureza para suas guerras, criando assim as armas de destruição em massa, impressionante como uma, apenas uma, bomba pode matar mais de 80 mil em questão de segundos.

Os seres humanos realmente são extraordinários, construíram uma sociedade baseada em preconceitos, mentiras, corrupção e ainda assim vivem bem, eles se matam, se torturam, inferiorizam suas fêmeas, desrespeitam seus anciões, acreditam que tudo é governado por um ser imaginário...

Tamanha inteligência seguida de tanta ignorância, eles tem o conhecimento mas o restringem a pequenos grupos. Vejam senhoras e senhores, existem mais de 6 bilhões no planeta e eles se sentem sozinhos, se acham tão diferentes uns dos outros que acabam se matando.

São seres sem precedentes universais, vamos todos, carne, sangue, armas, guerra, dor, sofrimento, inteligência, ignorância, venham conhecer esses seres incríveis por apenas 70 anos terrestres.


[paval]

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A Mudança do Som

Palavra muda
muda palavra
palavra que não ouve, que não diz
palavra que faz acontecer
palavra para ser feliz

palavra sem som, sem voz
palavra que faz filhos serem avós
uma mudança muda
muda como o tempo
muda com o tempo

muda como um abraço de saudades
muda num sorriso de felicidade

que poder é esse que transforma em silêncio?
a palavra que é muda
a palavra que muda

uma mudança constante
muda e relevante
tudo muda
nesse mundo mudo de palavras

jogadas ao vento ou lidas no jornal
mudas em seu leito
mudando rimas sem fim

silênciosa e muda
mas nunca será surda
palavras mudas num espaço que muda


[Pedro]

sábado, 24 de janeiro de 2009

Confissão

esperando pela morte
como um gato
que vai pular
na cama

sinto muita pena de
minha mulher

ela vai ver este
corpo
rijo e
branco

vai sacudi-lo e
talvez
sacudi-lo de novo:

“Henry!”

e Henry não vai
responder.

não é minha morte que me
preocupa, é minha mulher
deixada sozinha com este monte
de coisa
nenhuma.

no entanto,
eu quero que ela
saiba
que dormir
todas as noites
a seu lado

e mesmo as
discussões mais banais
eram coisas
realmente esplêndidas

e as palavras
difíceis
que sempre tive medo de
dizer
podem agora
ser ditas:

eu
te amo.








[poema beatnik]

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Na Padaria

- Oi, boa tarde, troca R$50,00?
- Pô, desculpa mas não tenho troco
- Não tem problema, quanto custa esse chiclete?
- São deiz centavos
- Me da um por favor...

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Aquele velho segundo

1 segundo
60 segundos
3.600 segundos
86.400 segundos
2.592.000 segundos
31.104.000 segundos


quantos números você precisa para viver?